sexta-feira, 21 de junho de 2024

A Testemunha - Parte I


Era uma noite como outra qualquer. Eu voltava de um encontro com amigos quando ouvi algo em um beco. Pensando que alguém precisava de ajuda, fui verificar. A cena me deixou chocado.

Havia três homens bem vestidos; um deles batia com uma barra de ferro na cabeça de um quarto homem, que já deveria estar praticamente morto.

Com o susto, derrubei algumas latas de lixo. Eles me ouviram e começaram a correr atrás de mim. Por sorte, sempre pratiquei corrida e consegui escapar. O problema é que, na fuga, deixei minha carteira cair. Eles sabiam exatamente quem eu era e onde morava.

Fui até a polícia e eles identificaram os homens de acordo com minha descrição. A notícia não era boa: eles eram membros do crime organizado e fariam de tudo para acabar comigo.

Fui colocado no mais avançado e secreto programa de proteção a testemunhas.


A polícia me manteve em constante movimento. Eu era levado de um hotel a outro, sempre acompanhado por agentes, usando colete à prova de balas e atento a todos os lados. Até que, por fim, fui levado a uma instalação secreta, onde disseram que mudariam minha aparência. Eu só não tinha ideia de quanto.

No terceiro subsolo ficava o laboratório, onde fui apresentado ao médico que realizaria o procedimento. Ele era um senhor de idade com sotaque estrangeiro, que me explicou algo que parecia saído de um filme de ficção científica:

— O processo pelo qual você vai passar não é de conhecimento público. Usaremos nano-robôs para primeiro mudar seu DNA e, depois, uma segunda leva irá remodelar seu corpo de acordo com sua nova genética. Sei que parece complicado, mas o que você precisa entender é que pode escolher a aparência que quiser.

— Quer dizer que posso escolher como será meu rosto?

— Mais que isso, podemos mudar todo o seu corpo. Quer ser mais alto, forte? Pode escolher a cor da sua pele, dos olhos...

— Nossa. Sério mesmo? E quanto a... — Naquele momento, tive uma ideia, mas fiquei sem graça em falar diretamente.

— Diga, meu rapaz.

— Ao sexo?

— Claro! Quer ter um pênis bem grande? Podemos fazer isso facilmente e...

— Não é isso. — Interrompi. — Na verdade, eu poderia... mudar de sexo?

— Oh! Desculpe. É totalmente possível, se é isso mesmo que deseja. Mas pense bem, pois o corpo só suporta passar pelo processo uma vez.



Dali em diante, tudo aconteceu muito rápido. Assinei alguns documentos, e em um deles descrevi as características que desejava para minha nova aparência. Após pensar por horas, escrevi que queria uma versão feminina de mim mesmo, como se tivesse nascido mulher. Dei detalhes como seios grandes, cintura fina, bumbum redondo e quadris largos. Como eu era um homem alto, requisitei que me tornassem bem menor.

Uma enfermeira me aplicou sedativos e mandou contar até dez. Isso é tudo o que me lembro do procedimento. Acordei dois dias depois, achando que nada havia acontecido, até que me levantei da cama e tomei um susto. Senti algo pesado no meu peito e, ao tocar com minha mão pequena, confirmei que era um par de seios grandes e macios. Desci a mão até o meio das pernas e confirmei que realmente  havia acontecido.

Recebi algumas roupas, e um agente me levou até meu novo apartamento. Eu não precisava mais usar o colete, nem me preocupar com os assassinos. Havia me tornado outra pessoa, alguém que sempre sonhei ser, mas nunca pensei que fosse possível. Eu pertencia ao outro sexo. Era uma fêmea. Uma mulher linda!


No dia seguinte, saí na rua pela primeira vez. Percebi como as pessoas me notavam e fiquei assustada. Pensava se havia algo errado com minha aparência, meu corpo ou minhas roupas, ou se eles sabiam quem eu realmente era.

Logo descobri o verdadeiro motivo. As mulheres me olhavam rapidamente de cima a baixo, e algumas faziam cara feia. Já os homens me encaravam, examinando cada parte, cada curva do meu novo corpo, especialmente meus seios e meu bumbum. Eu me tornara uma mulher bonita e atraente, o que despertava a admiração ou inveja nas outras garotas e o desejo nos homens.

Para um grupo, eu era a concorrência; para o outro, algo que eles adorariam conquistar. A partir daquele momento, a insegurança desapareceu. Meu ego se inflou, e me senti linda e poderosa. Passei a adorar a atenção e a provocar ainda mais, rebolando ao andar e fazendo poses sensuais ao parar para olhar algo. Fingia não notar o impacto que causava, mas no fundo, eu estava eufórica com o meu novo poder.


Quando saí do laboratório, me deram apenas algumas peças de roupa, então precisava montar meu novo guarda-roupa do zero. A variedade de opções era simplesmente estonteante: saias, vestidos, shorts, todos com cortes, estilos e cores diferentes. E isso sem mencionar a lingerie e os sapatos, que superavam em muito as opções masculinas.

Acabei gastando muito mais do que planejava e cheguei em casa quase sem conseguir carregar todas aquelas sacolas. Durante minha vida, já havia experimentado roupas femininas em diversas ocasiões, mas agora era diferente. Elas me serviam perfeitamente, moldando-se às minhas curvas e especialmente ao vazio entre minhas pernas. O melhor de tudo é que, com aquele corpo, qualquer roupa parecia ficar incrível.

Passei horas experimentando cada peça, fazendo poses em frente ao espelho e tirando inúmeras fotos. A sensação de ver o reflexo de uma versão tão linda e real de mim mesma era indescritível.


No meu primeiro final de semana como mulher, decidi sair à noite para me divertir. Depois de horas me arrumando, fiquei espantada com o resultado. Estava simplesmente deslumbrante.

Peguei um Uber até uma balada próxima e percebi o motorista me olhando pelo retrovisor toda vez que o trânsito parava. Durante o dia, os homens já me 

olhavam e faziam comentários, mas na balada a intensidade era mil vezes maior. Recebi todos os tipos 

de cantadas e, ao tentar me livrar de um cara que já tinha bebido demais, inventei que estava esperando 

uma amiga. Nesse momento, uma garota que 

estava observando a cena se aproximou e fingiu 

ser essa "amiga", ou melhor, "namorada". Isso fez 

o sujeito desistir, e eu agradeci a garota, ficando para conversar com ela.

Seu nome era Raquel e ela tinha terminado recentemente um relacionamento com outra garota. Já era madrugada quando ela me convidou para ir ao seu apartamento, 

e eu aceitei. Assim que chegamos, começamos a nos beijar, e logo estávamos na cama, sem roupas. Era 

minha primeira vez como mulher, e estranhei ter o mesmo corpo da parceira. De início, senti falta de algo, pois estava acostumada a penetrar, mas agora isso era impossível. Então, usei o que tinha para satisfazê-la. Quando Raquel assumiu o controle, a intensidade foi avassaladora. Raquel me mostrou todas as sensações que meu novo corpo feminino podia experimentar, e me fez gozar como nunca antes. Foi uma experiência maravilhosa, e acabei ficando lá até o dia seguinte.

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