terça-feira, 3 de outubro de 2023

O Novo Começo - Parte I



Arnaldo era um homem de 43 anos, que ao saber sobre as novas clínicas de troca de corpos resolveu juntar suas economias e comprar um novo para ele, pois queria jovem novamente e poder recomeçar a vida.

Mas como o dinheiro que tinha ainda não era suficiente para as clínicas oficiais, ele resolveu usar uma das clandestinas totalmente ilegais, controladas pelo crime organizado.

Ele pagou em dinheiro e adiantado, e então foi levado para uma sala e passou pelo procedimento.

Mas ao acordar descobriu algo muito errado. Ao invés do corpo do moço forte que escolhera, Arnaldo estava agora  no corpo de uma garota.

Ele ficou furioso e exigiu seu corpo de volta, mas disseram que já havia sido incinerado. Quando tentou brigar foi facilmente dominado e levado para fora por um dos seguranças da clínica. Se deu conta do quão pequeno e fraco aquele corpo feminino era.


Arnaldo se viu no meio do nada, em um corpo indefeso e sem ter como voltar para casa.

Por sorte os homens não retiraram o seu celular, e ele pode ligar para o seu velho amigo Antonio.

-Alô! Antonio, sou eu o Arnaldo.

-Como? Isso é alguma brincadeira?

-Não. Por favor não desligue. Lembra que eu disse que iria trocar de corpo? Você tentou me convencer a não fazer isso, e fingi que havia desistido. Mas eu fiz e...Tinha razão. Foi um erro, me ferrei e agora preciso de sua ajuda!

-Você...É o Arnaldo mesmo? O que fez? Sua voz tá bem estranha. Trocou com alguma criança?

-Pior que  isso. Melhor você ver, pois se te contar não vai acreditar. 

-Tá, mas onde você está?

-Estou bem longe e vou te passar a posição GPS. Por favor venha me buscar!

-Claro Claro! Fique aí e me espere.

-Ok, mas venha logo! Obrigado.


Quarenta minutos depois Antonio chegou onde a posição GPS que Arnaldo enviou indicava. 

Ele passou direto por uma garota, e foi ate o final do quarteirão, não encontrando mais ninguém. Quando parou o carro para tentar ligar para o amigo, Arnaldo correu até ele.

-Oi Antonio.

-...N-Não pode ser! Arnaldo? 

-Sim, sou eu. Eu disse que não acreditaria se contasse pelo telefone.

-Puta que pariu! Isso ai é você! Quando passei achei que era uma puta de rua!...Desculpe.

-Você não é o único. Não imagina o que já ouvi enquanto esperava você chegar. 

-Eu te falei que isso era loucura, que não ia acabar bem. E agora Arnaldo, o que vai fazer e como posso te ajudar?

-Bem, a primeira coisa é destravar a porta e me deixar entrar. Não aguento mais ficar aqui exposto neste corpo.

-Ah sim! Desculpe. Entra.


-Mas você nunca me falou que queria ser mulher! Já foi casado. A gente ia pegar mulher juntos!

-Claro que não queria isso! O corpo que comprei era de um rapaz de 18 anos, alto forte e bem masculino.

-Mas então como?

-Acordei achando que seria aquele cara, e quando dei por mim era uma garota. Eles tiveram a cara de pau de dizer receberam uma oferta maior por aquele corpo na última hora. Deram o corpo para a outra pessoa e me botaram neste por meu cérebro já ter sido extraído da minha cabeça. Falaram que eu deveria gradecer pois podiam simplesmente ter me descartado. Acredita nisso?

-Nossa! Mas não pode ficar assim. Vamos lá agora obrigar a fazerem algo para corrigir isso.

-Olha, agradeço por querer me ajudar, mas não sabe o que esses caras são capazes. Ir à polícia também pode não adiantar. Esse pessoal tem muito poder e seria perigoso.

-Tá, mas então o que faremos?

-Bom, na verdade não faço ideia.No momento só quero sair daqui.

-Entendo. Vou te levar para a sua casa, então você descansa e pensamos em algo.

-Certo. Obrigado Antonio.


Assim que o carro partiu, Arnaldo como de costume colocou o cinto de seguranca. No mesmo instante sentiu algo novo e diferente. O cinto pressionava seu seio grande, macio e sensivel.
Apesar de não maxucar, a alça do cinto o lembrava a cada segundo daquela parte de seu novo corpo, sua anatomia feminina. Algo que tanto gostava, mas que agora em seu próprio corpo causava desconforto e vergonha.
Para se livrar daquela sensação, Arnaldo passou a parte de cima do cinto para trás, sob um olhar de estranheza do amigo que nunca havia visto alguém fazer aquilo.
Antonio pensou em perguntar o porquê, mas resolveu deixar pra lá. O fato de estar vendo seu velho amigo no corpo de uma garota, fazia com que qualquer outra coisa estranha parecesse normal.

Durante o longo caminho Arnaldo repassava o que lhe acontecera, e percebeu que não havia realmente se dado conta do que tinha se tornado. De que agora no meio de suas pernas não mais havia o seu pênis, mas como toda mulher ele possuía uma vagina.

Antonio estacionou o carro em frente a casa de Arnaldo. 
-Toni, eu queria agradecer por estar me ajudando. Se estivesse sozinho em uma situação como estas eu não saberia o que fazer.
-Não precisa agradecer. É um prazer poder te ajudar, ainda mais agora que virou uma puta mulher gostosa!... Tô brincando cara!
Arnaldo soltou um sorrizo sem graça. Ele sabia que havia algo de sério no que seu amigo falara. Tinha mesmo se tornado uma gostosa, e com certeza um homem como Antonio não poderia deixar de notar. Como macho não conseguiria ignorar suas curvas, seus seios grandes e seu rosto angelical.



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