Arnaldo era um homem de 43 anos, que ao saber sobre as novas clínicas de troca de corpos resolveu juntar suas economias e comprar um novo para ele, pois queria jovem novamente e poder recomeçar a vida.
Mas como o dinheiro que tinha ainda não era suficiente para as clínicas oficiais, ele resolveu usar uma das clandestinas totalmente ilegais, controladas pelo crime organizado.
Ele pagou em dinheiro e adiantado, e então foi levado para uma sala e passou pelo procedimento.
Mas ao acordar descobriu algo muito errado. Ao invés do corpo do moço forte que escolhera, Arnaldo estava agora no corpo de uma garota.
Ele ficou furioso e exigiu seu corpo de volta, mas disseram que já havia sido incinerado. Quando tentou brigar foi facilmente dominado e levado para fora por um dos seguranças da clínica. Se deu conta do quão pequeno e fraco aquele corpo feminino era.
Arnaldo se viu no meio do nada, em um corpo indefeso e sem ter como voltar para casa.
Por sorte os homens não retiraram o seu celular, e ele pode ligar para o seu velho amigo Antonio.
-Alô! Antonio, sou eu o Arnaldo.
-Como? Isso é alguma brincadeira?
-Não. Por favor não desligue. Lembra que eu disse que iria trocar de corpo? Você tentou me convencer a não fazer isso, e fingi que havia desistido. Mas eu fiz e...Tinha razão. Foi um erro, me ferrei e agora preciso de sua ajuda!
-Você...É o Arnaldo mesmo? O que fez? Sua voz tá bem estranha. Trocou com alguma criança?
-Pior que isso. Melhor você ver, pois se te contar não vai acreditar.
-Tá, mas onde você está?
-Estou bem longe e vou te passar a posição GPS. Por favor venha me buscar!
-Claro Claro! Fique aí e me espere.
-Ok, mas venha logo! Obrigado.
Quarenta minutos depois Antonio chegou onde a posição GPS que Arnaldo enviou indicava.
Ele passou direto por uma garota, e foi ate o final do quarteirão, não encontrando mais ninguém. Quando parou o carro para tentar ligar para o amigo, Arnaldo correu até ele.
-Oi Antonio.
-...N-Não pode ser! Arnaldo?
-Sim, sou eu. Eu disse que não acreditaria se contasse pelo telefone.
-Puta que pariu! Isso ai é você! Quando passei achei que era uma puta de rua!...Desculpe.
-Você não é o único. Não imagina o que já ouvi enquanto esperava você chegar.
-Eu te falei que isso era loucura, que não ia acabar bem. E agora Arnaldo, o que vai fazer e como posso te ajudar?
-Bem, a primeira coisa é destravar a porta e me deixar entrar. Não aguento mais ficar aqui exposto neste corpo.
-Ah sim! Desculpe. Entra.
-Mas você nunca me falou que queria ser mulher! Já foi casado. A gente ia pegar mulher juntos!
-Claro que não queria isso! O corpo que comprei era de um rapaz de 18 anos, alto forte e bem masculino.
-Mas então como?
-Acordei achando que seria aquele cara, e quando dei por mim era uma garota. Eles tiveram a cara de pau de dizer receberam uma oferta maior por aquele corpo na última hora. Deram o corpo para a outra pessoa e me botaram neste por meu cérebro já ter sido extraído da minha cabeça. Falaram que eu deveria gradecer pois podiam simplesmente ter me descartado. Acredita nisso?
-Nossa! Mas não pode ficar assim. Vamos lá agora obrigar a fazerem algo para corrigir isso.
-Olha, agradeço por querer me ajudar, mas não sabe o que esses caras são capazes. Ir à polícia também pode não adiantar. Esse pessoal tem muito poder e seria perigoso.
-Tá, mas então o que faremos?
-Bom, na verdade não faço ideia.No momento só quero sair daqui.
-Entendo. Vou te levar para a sua casa, então você descansa e pensamos em algo.
-Certo. Obrigado Antonio.
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