terça-feira, 2 de julho de 2024

A Testemunha - Parte V



Algumas semanas se passaram desde minha experiência com Adalberto. Ele me ligava, mas eu sempre dava alguma desculpa, pois estava confusa. Meu relacionamento com Raquel havia esfriado, e ela logo percebeu que algo havia mudado. Certo dia, nós brigamos feio. Aprendi o quanto era complicado argumentar com uma garota histérica quando você é outra mulher e está igualmente nervosa. Terminamos, e eu saí dirigindo. Em um cruzamento, acabei batendo em uma van. Um homem grande saiu dela me xingando, gritando que mulher devia ficar na cozinha e outras frases machistas.

Fiquei apavorada. Já havia enfrentado brigas de trânsito antes, mas eu era homem e conseguiria me defender se precisasse. Agora, um tapa daquele sujeito e eu estaria acabada. Respirei fundo e disse a mim mesma que podia enfrentar aquilo se me impusesse.

Ao sair do carro e começar a argumentar, o homem me olhou de cima a baixo, e de repente o tom de voz dele mudou. Ele disse que entendia, mas que a culpa era minha e eu teria que pagar agora. Quando falei que não tinha dinheiro, ele respondeu que poderíamos negociar. Eu só entendi ao reparar na mão dele apertando seu membro por sob a calça.

Fiquei surpresa e sem ação com aquela cena. Ele então me puxou para trás da van e em seguida tirou o pênis para fora. Depois guiou minha cabeça em sua direção. Não sei por que, mas não tentei evitar, e logo me vi chupando um desconhecido na rua.

Depois de gozar na minha boca, ele simplesmente se dirigiu até o carro, mas antes de entrar me deu um cartão de visitas. Ele falou que era motorista daquela empresa e que eu teria emprego lá.

“Butterfly Produções” era o que dizia o cartão.


Eu sentia que precisava arranjar um emprego, pois estava cansada do OnlyFans. Então, fui até o endereço do cartão que havia recebido após a batida. Era um prédio de poucos andares, largo, discreto e bem decorado.

A recepcionista, ao saber que eu procurava emprego, fez uma ligação e imediatamente me levou para uma das salas. Logo apareceu uma mulher bonita, loira, de meia-idade, com seios grandes quase escapando pelo decote. Achei estranho aquele visual para uma executiva, mas logo entenderia o porquê.

Depois de me cumprimentar e conversar um pouco, ela me mostrou uma tabela com os preços do cachê por fotos e filmes. Fiquei espantada, pois os valores eram altos, e mais ainda quando ela disse que era o cachê para iniciantes. Com o tempo, os valores aumentariam.

Eu pensava que seriam comerciais ou fotos publicitárias, mas então ela me pediu para tirar a roupa. Naquele momento, caí na real: era uma produtora de filmes pornô. Me dei conta de que havia visto os filmes deles na Internet, mas sob o nome Butter Filmes. Pensei em dizer que havia me enganado, mas os valores pagos eram bem atraentes. Decidi continuar como se soubesse o que estava fazendo, para poder decidir depois.

Tirei toda a roupa, ela me olhou e fez eologios. Mandou-me vestir e pediu para voltar dois dias depois para o primeiro trabalho. Ao deixar o prédio pretendia em não voltar mais. Dei uma risada ao pensar: “ Eu, uma atriz pornô?”.

Em casa, dei uma olhada nos vídeos da tal empresa. Por muitos anos, eu havia assistido e me masturbado vendo aqueles vídeos, com mulheres lindas e deliciosas e parecendo estarem se divertindo muito. A ideia de ser uma delas de repente me pareceu muito excitante. Dois dias depois, tomei coragem e fui até a produtora, dizendo a mim mesma que faria somente um trabalho apenas para saber como era.

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