sexta-feira, 30 de setembro de 2022

O Presente da Namorada - Parte I



 -Olhe Alexandre, estas aqui eu comprei pra você.

-Pra mim? Como assim Lúcia?

-Eu sei que anda usando minhas roupas escondido. Voltei cedo do trabalho uma vez, e te vi no quarto com minha lingerie. Na hora não falei nada para não te constranger.

-Olha, foi apenas uma brincadeira. Foi só uma vez e...

-Páre de negar querido. Eu já vinha notando minhas roupas alargadas, e achei manchas na calcinha. Você é crossdresser, mas tudo bem. 

-Puxa, eu não sei o que dizer. Me desculpe Lúcia. Que vergonha.

-Não precisa pedir desculpas. Eu pesquisei e descobri que isto é normal. Por isso quero que nesta viajem você viva suas fantasias. Então comprei estas roupas, e mais algumas coisas.

-Mas...então você aceita isso?

-Claro. E você precisa se descobrir e vou te ajudar com isso. 

-Bem...tá bom eu visto para você.

-Não. Primeiro tome um banho e use os produtos que deixei no banheiro. Principalmente o pote azul, que deve ser passado pelo corpo todo, inclusive a cabeça.

-Tá bem.

-Lúcia!.. Lúcia!

-O que foi q....UAU!

-Não sei o que está acontecendo. Acho que estou tendo uma alucinação.

-Não Ale. Quando pesquisava sobre a sua situação, acabei esbarrando em um site que vendia produtos para transexuais. O creme que usou no corpo é para a troca de sexo temporária. Vamos ser do mesmo sexo pelos próximos três dias. 

-Mas por que? Eu não te disse que queria ser mulher. 

-Então Ale, talvez você queira ser mulher mas ainda não saiba. De qualquer modo vamos descobrir neste final de semana. Vou deixar suas novas roupas aqui. Se enxugue e se vista para podermos sair mais tarde.


Depois que Lúcia o deixou a sós no banheiro, Alexandre se enxugou sentindo cada parte do seu corpo estranha. Tudo agora mais arredondado, macio e sensível. Ele adorou a sensação de enxugar seus novos seios. 

Este sentimento chegou ao auge quando passou a toalha no meio de suas pernas. Ao mesmo tempo em que sentia a falta de algo ali, pôde perceber o quanto aquela parte do seu corpo era sensível ao mínimo toque. 

Em seguida Alexandre se olhou no espelho e gostou da imagem refletida. Era difícil acreditar que ele agora era aquela garota olhando de volta. Uma mulher pequena, linda e delicada. Seu corpo não parecia ser muito diferente do de sua namorada Lúcia. Poderiam até ser consideradas irmãs. 

Agora se usasse as roubas dela ele não corretia o risco de alargá-las. Elas serviriam perfeitamente em suas curvas femininas. 


Depois de algum tempo se examinando e fazendo poses em frente ao espelho, Alexandre vestiu as roupas que Lúcia deixou para ele. Em seguida foi até a sala onde a namorada o esperava. 

Lúcia não pode esconder o espanto ao ver o rapaz agora uma garota como ela.

-Nossa, você está linda Alexandra!

-Puxa, obrigado. Isso é bem estranho sabe.

-Sente aqui e vamos conversar.

Alexandre sentou-se, e logo se deu conta de que assumiu a mesma posição da namorada. Era confortável ficar deste jeito. Agora seu pequeno corpo fazia o sofá parecer enorme, e sem nada entre as pernas tornava a posição com as pernas bem juntas agradável.

-E então? Como se sente?

-Puxa, é tudo tão diferente. Me sinto fraco, vulnerável mas ao mesmo tempo tão bem. Mal posso acreditar no que você fez Lúcia. Além de aceitar este meu fetiche me deu esta experiência.

-Olha Ale, na verdade fiz isto também por mim. Se vamos levar esta relação a sério preciso fazer com que você se descubra. Não quero ter uma surpresa depois de casarmos, se e de repente se der conta que quer ser mulher. Seria um desperdício para nós dois.

-Quanto e isto pode ficar tranquila. Não quero ser mulher, e como eu disse é apenas uma fantasia, um fetiche.

-Veremos.

Lúcia reparava na forma feminina que Alexandre se portava e falava. Não era nada diferente de uma mulher natural, e isto a deixava intrigada. 

-Mas quanto a sair assim.-Disse Alexandre-Acho que não seria uma boa ideia. Não sei se estou pronto para outras pessoas me verem deste jeito. 



-Você vai sim Ale. Este é uma das coisas mais importantes que precisa fazer como mulher. Saber como é estar entre outras pessoas. Não vai aprender nada estando trancada aqui.

-Mas-Mas... Vou sentir vergonha de andar por aí deste jeito. E se alguém perceber?

-Perceber o quê? Nem se você contar que era um homem a algumas horas alguém acreditaria. Relaxe, pois você não tem o que esconder. Todos que olharem para você verão apenas uma garota bonita. 

-Bem, talvez tenha razão. Mas fique comigo o tempo todo e a gente volta pro quarto se algo ficar estranho.


-Tá bem. Como incentivo você pode escolher qualquer das minhas roupas para usar.

-Mas você não comprou estas para que eu não usasse as suas?

-Sim, mas porque você acabava alargando elas. Eu não sabia que você iria encolher quando mudasse de sexo. Agora que temos praticamente o mesmo corpo não tem problema.

-Puxa, obrigado!

-De nada. Aliás, é OBRIGADA!


Alexandre pensava em tudo o que de repente acontecia.

Seu maior e mais secreto sonho exposto e realizado pela sua namorada Lúcia.

Ele sentia uma mistura de medo e excitação. Agora teria de ir em frente e ver no que aquela experiência o levaria. 

No fundo sabia que Lúcia tinha razão em fazê-lo encarar isto de frente. Se sentir na pele de uma mulher mudaria o que sentia. Haviam três resultados possíveis: Ele poderia simplesmente perder o desejo de usar roupas femininas. Continuar com o seu fetiche como antes ou então, a alternativa que o preocupava, acabar gostando demais de ser uma fêmea.

Mais tarde depois de Alexandre escolher algumas das roupas de Lúcia, eles foram até o restaurante da pousada onde se hopedavam. Esta seria a primeira experiência dele em público como mulher, então a namorada achou melhor ocupar sua mente com alguma atividade, por isso sugeriu que eles jogassem cartas. 

-O que foi Ale? Não consegue se concentrar no jogo? -Perguntou Lúcia.

-Não. Parece que todo mundo olha pra mim. Acho que escolhi mal as roupas, e estas são muitio chamativas. Estou habituado a escolher roupas para usar entre quatro paredes, mas agora saindo é bem diferente. 

-Bem vindo ao mundo feminino. Nós nos sentimos inseguras praticamente o tempo todo quanto ao que vestimos. Não se preocupe as roupas estão ótimas. As pessoas te olham porque é uma garota bonita. 

Alexandre pensou no que Lúcia disse, e viu que ela tinha razão.

As garotas olhavam para o seu corpo e deviam se perguntar se estas roupas ficariam bem nelas também. Algumas deviam sentir inveja, e esta ideia deu a ele certa satisfação.. Desde que descobriu este desejo,  era ele quem invejava as garotas bonitas. Alguém que nasceu mulher sentindo inveja de sua aparência feminina era algo que o deixava bem feliz.

Agora quanto aos homens era algo novo e bem diferente. Alexandre sabia que os que olhavam estavam imaginando seu corpo de mulher totalmente nú. Pensando em como seria levá-lo para cama. 

Ele já havia lavado cantadas de homens gays, e cordialmente recusado pois não sentia qualquer atração por eles. Mas imaginar que homens héteros o desejavam como mulher o fazia se sentir confuso.


Pouco depois o rapaz que trabalhava na pousada se aproxima da mesa.

-Aqui está garotas. Isto é para vocês.

-Mas nós não pedimos nada.-Disse Alexandre.

-Eu sei. É cordezia. Um presente meu para as meninas mais bonitas deste lugar.

-Puxa... Obrigada! - Respondeu Alexandre meio sem jeito. 

Lúcia analisava o que estava acontecendo. O garoto olhava apenas para Alexandre, e o presente era para ele.

Por outro lado a reação do namorado naquele corpo de mulher foi intrigante. Alexandre olhou de volta e sorriu para o rapaz, o que poderia ser um sentimento de gratidão ou algo mais. 

Será que ele estaria se sentindo atraído por um homem?-Pensou ela.

Agora Lúcia decidiu que iria forçar um pouco mais e ver o que acontecia com Alexandre. Se ele teria apenas um fetiche ou se no fundo era realmente uma garota. 




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