sábado, 23 de maio de 2020

A Nova Recepcionista



Cristian estava trabalhando naquela empresa por seis meses como gerente financeiro. Ele descobriu que os números da contabilidade não estavam corretos, e que dinheiro estava sendo desviado de alguma forma. 

-Eu tenho certeza senhor Andrade. Existe algo errado com as contas da nossa filial.
-Bem Cris, esta é uma acusação muito grave. Me deixe dar uma olhada no relatório que preparou, mas enquanto isso não conte para ninguém, ok?
-Sim senhor. Mas vou continuar investigando.
-Certo... Espere, preciso de um favor.
-Claro! Qual?
-Bem, não sei como te pedir isso. A Solange, nossa recepcionista se demitiu. e estamos procurando uma substituta e pode demorar. Como você é o funcionário mais novo, será que poderia ficar na recepção? É só por alguns dias, e vai me fazer um grande favor.
-Mas, na recepção? Não pode pedir para alguma funcionária?
-Que isso Cris? Por acaso você é machista?
-Não Não! É que sou gerente e...
-Estou brincando. Só estou te pedindo porque sei que posso contar com você, certo? Então?
-Esta bem. Mas só por uns dias.



Claro que Cristian não queria fazer aquilo. Ele, um gerente cobrindo a posição de simples recepcionista. Mas a forma como o chefe colocou o pedido o deixou sem escolha.
Assumiu seu novo posto na recepção, e logo viu que a mesa estava uma bagunça. Na gaveta haviam revistas femininas, maquiagem e um kit de manicure. "Então é com isso que ela se ocupava?" pensou com certo desprezo.

Logo ele atendeu o primeiro telefonema.
-WWS Farmacêutica bom dia!
-...Me desculpe, achei que havia ligado para a recepção mas devo ter me enganado.
-Não senhor, aqui é da recepção. Como posso ajudar?
-Ah... Me transfira para a área de recursos humanos, por favor.
Isto se repetiu algumas vezes, até que não o irritava mais. O que o incomodava era um certo ruído no telefone cada vez que ele utilizava, e logo chamaria a manutenção para dar uma olhada naquilo.
Certo momento um entregador chegou com comida e deixou na sua mesa.
-Ei! Para quem é isso?
-Pedido para ser entregue na recepção.
-Mas eu não pedi nada. Deve ser um engano.
-Mas foi feito um pagamento antecipado para o mês todo.
-Ah, entendi. A Solange provavelmente se esqueceu de cancelar ao sair. Você pode cancelar?
-Infelizmente não. Você precisa ligar para o meu gerente.
-Está bem. Obrigado.
O entregador se foi deixando o pacote ali. Cris pensou em jogar fora, mas seria um desperdício. Além disso estava com fome e aquilo cheirava muito bem.
Provou a comida e achou deliciosa, logo havia devorado o prato todo. 
Depois do expediente Cris chegaria em casa bem cansado. Não imaginava como um simples trabalho como aquele havia esgotado suas energias. Apesar de ter comido apenas aquele sanduíche ele não sentia vontade de jantar e depois do banho foi direto pra cama.





Acordou no dia seguinte e teve dificuldades para sair da cama. Quando se vestia tocou em seu peito e notou que estava bem dolorido, e até um pouco inchado mas achou que devia ser alguma irritação sem importância.
Quando se olhou no espelho teve uma surpresa. Seus cabelos haviam crescido em apenas uma noite. Não só isso, mas a entrada da calvície parecia ter sumido. Não conseguia entender como aquilo havia acontecido, mas teve de deixar pra pensar nisso depois pois tinha de ir para o trabalho. Como recepcionista ele era obrigado a chegar mais cedo.
No escritório muitas pessoas elogiaram sua nova aparência.
-Você fica melhor com o cabelo mais comprido Cris. Deveria deixar crescer.-Disse uma colega.
-Sério? Obrigado, mas acho que cabelo comprido não combina com escritório né?
-Que nada. Hoje em dia isso não tem nada a ver.
O dia seguiu normalmente, mas em algumas horas a sua voz falhava ao telefone e ele ficava limpando a garganta. 
A área de manutenção verificou o ruído em seu telefone, mas não encontraram nada. Resolveu ignorar o tal ruído e acabou se acostumando com ele. 
No final da tarde seu chefe o chamou para conversar.
-Pois não chefe?
-Olá...Gostei do cabelo.
-Ãh...Obrigado. Eu vou cortar assim que tiver oportunidade.
-Tudo bem, não te chamei aqui por isso. Na verdade tem uma coisa que precisa mudar?
-O que é Senhor Andrade?
-Suas roupas.
-Mas são minhas roupas de sempre, do mesmo estilo usado por todos os executivos aqui.
-O problema é que este tipo de roupa não combina com a recepção. Estes ternos escuros, sérios.
-Mas o que devo usar?
-Tente algo mais informal. Colorido. As pessoas precisam ter uma visão agradável da recepção ao chegarem.
-Entendo. Vou mudar então.
-Muito bem. Obrigado.
-E quanto a nova recepcionista?
-Está difícil ainda. Aguente mais um pouco, por favor.


No dia seguinte ele acordou cedo para se preparar para o trabalho. Não se sentia mais tão cansado como nos dias anteriores, pelo contrário agora se sentia bem. Na verdade começou a se sentir melhor do que de costume, mais leve, relaxado e alegre.
Seguindo as recomendações do patrão, revirou o guarda roupas atrás de algo mais informal. Foi difícil, mas encontrou uma camisa que ganhara de presente tempos atrás. Nunca a havia usado por achar muito "chamativa", mas agora não entendia o porquê. "Por que nunca pensei em usar uma peça tão bonita?".
Vestiu uma calça cáqui que combinava e achou perfeito. Só teve de dobrar a barra da calça pois ela estranhamente estava muito comprida. "Que estranho. Roupa encolher é normal, mas ficar mais comprida eu nunca vi, ainda por cima está apertada no quadril... Devem ter feito alguma bobagem na tinturaria".
Ao se olhar no o espelho se assustou com o tamanho do seu cabelo. Este agora estava comprido e todo bagunçado. "Como vou trabalhar deste jeito?"
Então teve a ideia de puxá-lo para trás e prender com um elástico em um rabo-de-cavalo, e funcionou. Não ficou perfeito mas agora pelo menos controlado. 
Saiu de casa correndo para o trabalho, e no caminho se deu conta de que não se barbeou. Ao passar a mão no rosto sentiu que não havia barba alguma, mas sua pele macia e aveludada como nunca antes.
Pouco depois dele chegar ao escritório seu chefe chegou.
-Nossa! Você está muito melhor assim Cris. Gostei.
-Puxa, obrigado chefe!
Aquele elogio o fez ficar sorrindo por muito tempo. Logo outros funcionários também elogiaram sua mudança visual. Ele imaginava que deveria ter feito isto antes, pois nunca nem sequer era notado.
Nas ligações passou a ser normal ser tratado por "moça" ou "senhorita", e Cris achou que era por causa de problemas com o telefone. Para não constranger os clientes ele ignorava isto e os deixava pensando estarem falando com uma mulher.

Cris pensou em cancelar a entrega do almoço, mas a comida era tão boa que não teve coragem. Assumiu o compromisso consigo mesmo de que, se Solange entrasse em contato ele devolveria o valor que pagou para ela. A comida era variada e sempre deliciosa, e de alguma forma tirava seu apetite em comer à noite, o que estava fazendo com que perdesse peso e massa muscular rápido. 
Durante o dia passou a reparar em suas mãos conforme digitava ou atendia o telefone, e algo começou a incomodá-lo... Suas unhas! De repente elas pareciam tão feias, mal cuidadas. Lembro-se então do kit deixado pela ex-recepcionista e resolveu experimentar.
Depois de terminar de fazer as unhas Cris ficou satisfeito com o resultado. Havia usado apenas gloss, e não pôde deixar de imaginar como elas ficariam pintadas. "mmm... Vermelho combinaria bem com esta camisa..." Pensou ele.
Guardou o kit de manicure, e como ainda estava sem ter o que fazer pegou uma das revistas femininas e começou a folear. Logo estava totalmente entretido nas dicas de moda, cabelos e culinária. 
Ele só interrompia sua leitura para ir ao banheiro fazer xixi, o que agora era bem mais frequente. Sempre aproveitava estas ocasiões para ajeitar os cabelos e checar seu visual.


Dias depois ao acordar sentiu seu peito mais dolorido do que de costume. Ao se olhar no espelho notou que estava inchado, e agora pareciam seios de uma garota adolescente. 
Passou a mão sobre eles e sentiu como eram sensíveis, especialmente seus mamilos que imediatamente ficaram duros. 
A sensação foi ficando melhor e logo ele soltava gemidinhos de prazer. Sem perceber com a outra mão começou a se masturbar, e em pouco tempo estava tendo um orgasmo.Não tinha um orgasmo a algum tempo e aquele foi bem intenso, mas apesar disso quase não saiu esperma algum.
Preocupado com as mudanças em seu corpo, Cris resolveu passar por uma consulta com o médico  do ambulatório da própria empresa. Depois de examiná-lo o doutor disse:
-Bem Cris, pelo que vejo sua saúde está ótimo. Não tem nada com o que se preocupar.
-Mas doutor, e quanto a minha falta de apetite, meus cabelos crescendo da noite para o dia e principalmente meu peito?
-Quanto a perda de peso é apenas uma fase. Os cabelos crescem rápido quando estamos saudáveis, certo? Já seu peito com certeza é uma inflamação leve, que vai passar em alguns dias. Vejo que está sob muito stress Cris devido a mudança em sua função, mas deveria tentar relaxar. Vou lhe dar um calmante leve que vai te ajudar.
-Certo. Obrigado doutor.
Assim que Cris saiu da sala o médico fez uma ligação.
-Alô, senhor Andrade?... Acabei de examinar o Cris. Sim, está tudo bem com ele. Seu corpo está respondendo bem às drogas na comida, mas acho que deveríamos reforçar a reprogramação pela alta-frequência no telefone....Não sei qual critério o senhor usou para escolher este rapaz para o nosso teste, mas acertou em cheio... Sim, logo passaremos para a próxima fase.

No caminho para a empresa, Cris comprou uma faixa elástica, e ao chegar no departamento Cris foi direto para o banheiro colocá-la em torno do peito. Isto apertou seus pequenos seios tornando os praticamente imperceptíveis. 

Mais tarde já em sua mesa, ele atendeu um visitante.
-Bom dia, estou aqui para falar com o senhor Silva.
-Bom dia! Qual o seu nome?
-Só falo se me disser o seu primeiro.
Cris levantou a cabeça e em sua frente viu um homem alto, com por volta de quarenta anos, com roupas executivas e um sorriso largo olhando diretamente para seus olhos. Ele era tão bonito que deixou Cris paralisado por alguns segundos.
-E então?-Disse ele.
-Ah, meu nome é Cris.-Disse ele com um tímido sorriso.
-Muito prazer! Me chamo Mauro.
-Bem, é... pode aguardar ali no sofá que eu já aviso o senhor Silva.
-Muito obrigado Cris.

Cris ligou e avisou o senhor Silva , depois começou a pensar sobre a forma como o visitante  o tratou. "Ele estava dando em cima de mim. Quem diria que um 'tipão' como este é gay...".

Depois de uma horas a reunião terminou, e Mauro estava de  saída.  Antes de ir ele parou novamente em frente a mesa de Cris e lhe entregou um bilhete.
-O que é isto?-Perguntou Cris.
-É que te achei uma mulher muito bonita, e gostaria que me ligasse. Tchau Cris.
Cris abriu o bilhete e havia nele o telefone de Mauro. Ele demorou um instante para entender o que na verdade o homem não era gay, mas acreditava que Cris era uma mulher, e ainda por cima uma mulher atraente.
Até então ser confundido com mulher ao telefone era aceitável, mas pessoalmente já era demais para Cris. Mesmo olhando bem de perto, ouvindo sua voz, nada disso fez Mauro perceber que Cris era um homem, e isso o deixou preocupado.
"Devem ser as roupas, minha magreza, o cabelo...isso! Este cabelo comprido está confundindo as pessoas. Preciso dar um jeito nele urgentemente!"

Cris decidiu que precisava dar um jeito naqueles cabelos compridos, mas seu barbeiro ficava perto de casa e iria demorar muito para ir, cortar e voltar para o trabalho.
Então se lembrou de um cartão que encontrou quando organizou a mesa de Solange. O cartão de um salão de beleza bem próximo, de modo que daria tempo de ir no horário de almoço.
Telefonou e para sua sorte eles poderiam atender no mesmo dia, então assim que começou seu intervalo de almoço correu para lá.
-Oi! Meu nome é Cris e tenho um horário marcado agora.
-Deixe-me ver...Sim, venha comigo.
Era um grande salão feminino, mas para dar um jeito em seu cabelo comprido ele serviria, pelo menos foi nisso que acreditou Cris.
-E então? O que vai querer? Escova? Hidratação?
-Nada disso. Apenas corte ele bem curto.
-Curto? Puxa mas é um cabelo tão bonito... Só está meio mal tratado.
-Sim, só o corte.
-Ok. Sente-se que uma das meninas já vai atender.
-Obrigado.
Pouco depois uma outra garota veio e começou a lavar seus cabelos. A água quente e a massagem na cabeça foram dando sono em Cris. Quando se sentou na cadeira não demorou muito para cair num sono profundo enquanto a garota trabalhava em seus cabelos.

Cris acordou sem ter noção de quanto tempo havia dormido. Antes de abrir os olhos passou a ouvir uma discussão entre duas mulheres:
-O que você fez Rita?!
-Mas era isso que estava na agenda.
-Não! A cliente do meio-dia cancelou e encaixei a Cris no lugar. Não viu que eu havia  riscado a anotação?
-...Agora que falou é que deu para notar. Desculpe Dona Marta.

Cris ainda meio sonolento não entendeu nada, e ao abrir os olhos viu uma garota olhando de frente para ele. Uma garota loira e de certa forma familiar.
Demorou um instante para se dar conta de que era um grande espelho, e que a garota loira era ele mesmo.
-Mas...O que é isso?!
-Desculpe Cris. Minha funcionária fez uma confusão. Eu te encaixei no lugar de uma cliente que havia marcado para tingir os cabelos, e ela acabou fazendo os dois.
-Não pode ser!
-Olha, para falar a verdade você ficou ótima com esta cor. Está bem mais feminina agora.
-Mas era isto que eu não...Pode desfazer isso?
-Puxa, isso iria demorar e o pior é que destruiria o seu cabelo.
-Mas não vai ter outro jeito. Pera aí ... Eu já deveria ter voltado para o trabalho a meia hora. Não vai dar tempo.
Ele então mais preocupado em não levar uma bronca, saiu do salão correndo em direção ao trabalho. 

No caminho percebeu que as pessoas o olhavam de um jeito diferente. As mulheres analisavam seus cabelos, talvez imaginando se elas ficariam bem com o mesmo corte ou cor.
Seu novo visual atraía a atenção dos homens também, mas estes acabavam olhando seu corpo todo. Alguns mexiam com ele.
-Ei gracinha! Aonde vai com tanta pressa? 
-Nossa que loirinha!
A pouco tempo atrás sua reação seria responder confrontando e xingando aqueles caras, mas agora não conseguia fazer nada disso. Ele procurava focar apenas em voltar para o trabalho rápido e assumir seu posto antes que alguém notasse.
O que Cris não se dava conta é seu jeito de andar e sua postura se tornaram bem femininos. As mudanças físicas e mentais ocorriam principalmente durante o sono. Mesmo o curto tempo em que dormiu no salão já foi o suficiente para que acordasse um pouco mais feminino.



Chegou ao escritório e para sua sorte não havia ninguém na recepção. Foi até o banheiro se ajeitar, e teve chance de se olhar mais atentamente no espelho. "Bom, ao menos não preciso mais prender o cabelos com elástico."
Sentou-se em sua mesa e imaginou quem teria usado a sua cadeira, pois teve de mexer na regulagem para que ficasse mais baixa. Já era a terceira vez que fazia isto em pouco tempo. Mal sabia ele que não era a cadeira, mas sim seu corpo que ficava menor.
Logo uma colega voltou do almoço, olho rapidamente para ele e continuou andando.Mas de repente ela parou, voltou até sua mesa e disse:
-Cris?...UAU! Como você está diferente.
-Eu sei, a moça do salão se enganou e fez ISTO com o meu cabelo.
-Nossa, mas pelo jeito este engano foi sorte. Não sei o que queria fazer com seu cabelo antes, mas este corte e esta cor ficaram ótimos em você.
-Sério? Não está dizendo isso só para que eu me sinta melhor?
-Claro que não! Eu mesma estou pensado agora em fazer algo parecido. 
-Puxa, obrigado.

Durante o dia muitos colegas o cumprimentaram pelo seu novo visual, até que quem ele temia que visse chegou de uma reunião externa.
-Boa tarde Cris.-Disse o Senhor Andrade ao chegar a recepção.
-Boa tarde.
-Vejo que mudou o visual.
-Sim, me desculpe Senhor Andrade, mas prometo que vou consertar isso amanhã.
-Consertar? Ficou muito melhor assim.
-O senhor acha mesmo?
-Claro. Está linda!
-Puxa... Obrigada! 

Ao ser tratado no feminino pelo chefe, Cris naturalmente respondeu da mesma forma. De algum modo isto pareceu correto.  Ficou feliz por receber o elogio, e descobriu que não se importava em ser tratado como mulher, na verdade era até mais confortável agora. Nos últimos dias estava brigando contra isto, tentando mostrar que era um homem. De repente aceitar as mudanças lhe davam um grande alívio.

Enquanto ele pensava nisto, o senhor Andrade entrou em seu escritório, fechou a porta e ligou para o médico da empresa:
-Olá, Andrade falando. Acho que Cris está pronto para a próxima fase...


Ao chegar em casa, Cris foi para o banho. Com a água quente caindo sobre sua pele sensível, ele não podia resistir ao ato de acariciar seus peitos, cada dia maiores e mais sensíveis, e esfregar seu agora pequeno e flácido pênis até ter um orgasmo. Lembrou-se que não se masturbava com tanta frequência desde a puberdade.
Depois colocou uma camisetas velha, que agora parecia mais um vestido, e foi assistir sua novela preferida. Este hábito também era novo para ele, e não entendia porque não gostava de novelas antes, afinal elas eram bem mais interessantes do que futebol ou filmes de ação.
Depois da novela ele foi pra cama, e dormiu abraçando um travesseiro.

No dia seguinte ele estava se preparando para ir pro trabalho. Era uma sexta-feira e a empresa havia instituído o "Casual Day". Todos os funcionários podia ir trabalhar usando roupas informais, tais como camisetas, bermudas, shorts, etc.
Cris revirava o seu guarda-roupas buscando algo para usar, mas não encontrava nada que ficaria bem.
"Não quero ir com as mesmas roupas que uso durante a semana, aquelas camisas sociais feias e sem graça. Mas não tenho nada legal para vestir. Que droga!". Certo momento encontrou uma sacola em uma das gavetas, e ao abrir achou roupas que não lhe pertenciam. Uma camiseta rosa, um shorts e um par de sandálias.
Pensou um pouco e lembrou-se da origem daquilo. Meses atrás Cris havia levado sua irmã e sua sobrinha adolescente para a praia. A sobrinha estava de biquíni por baixo da roupa, e quando chegaram no mar ela tirou aquelas peças e deixou no carro dele. Ele havia encontrado as peças no banco de trás do carro dias depois, mandou lavar e ficou de devolver assim que as encontrasse novamente.
"Nossa, que roupas legais! Pena que não tenho nada assim no meu guarda-roupas." Pensou enquanto examinava aquela roupa.
"Puxa, se me servissem eu poderia usá-las hoje, mas é claro que roupas daquela menina não caberiam no meu... ". Enquanto pensava colocou a camiseta sobre seu peito para ter ideia de como ficaria, e se deu conta de que o tamanho era perfeito. Ele e sua sobrinha adolescente agora tinham praticamente o mesmo corpo.
Rapidamente ele tirou as roupas e vestiu a camiseta, que serviu perfeitamente. 
Depois provou o shorts e as sandálias, e  pareciam terem sido comprados sob medida. 
-UAU! Ficou ótimo!-Disse ele em voz alta ao se ver no espelho.-Nossa, que sorte eu tive em ter encontrado estas roupas. Quero ver só a cara do pessoal ao me verem com estas roupas lindas.

E assim aconteceu. No escritório todos ficaram impressionados, pois com aquelas roupas  podiam ver como Cris havia mudado em tão pouco tempo. Ele ria das caras de espanto e ficava feliz com os elogios.
Ele não sabia, mas um pouco antes das mudanças se tornarem visíveis, o Senhor Andrade enviou um e-mail avisando a todos que Cris havia optado por mudar de gênero e de função, que a empresa havia aceitado a sua decisão e que todos deveriam agir naturalmente. Isto evitou qualquer questionamento deles ao verem um homem de 32 anos aos poucos se tornar uma mulher e agora com aquelas roupas parecer uma garota de 18. O que ninguém sabia é que Cris não havia optado por aquelas mudanças, mas era uma vítima e se tornara cobaia de produtos novos em pesquisa na empresa. Isto aconteceu graças a ele ter descoberto algo que não deveria.


No final da tarde daquela sexta-feira o Senhor Andrade chamou Cris para conversar em sua sala.
-Como você está indo Cris?
-Muito bem Senhor Andrade! 
-Que bom, mas infelizmente tenho más notícias.
-O que houve? Eu fiz algo de errado?
-Não, não é isso. É que houve uma restruturação aqui na filial, e o seu cargo de gerente foi extinto.
-Mas e agora?
-Assim que encontrarmos uma nova recepcionista você será demitido. Eu sinto muito.
-Não pode ser! Eu preciso deste emprego.
-Sei disso, mas não há nada que eu possa fazer. Sua posição de gerente financeiro não existe mais, e a única posição em aberto é esta de recepcionista.
-Mas e se... Eu ficar efetivamente como recepcionista?
-É uma possibilidade, mas você gostaria disto?
-Claro! Descobri que adoro este trabalho. O contato com as pessoas, não ter de resolver problemas  complicados. Recentemente percebi que não gosto mais de fazer contas. Por favor Senhor Andrade, me deixe ficar como recepcionista.
-Mas a Solange tinha curso de secretariado, e pelo que sei você não.
-É verdade, eu tenho apenas formação em economia e pós-graduação na área financeira. Que pena.
-Isso é um problema mas talvez eu possa dar um jeito do RH te aceitar mesmo assim, só que você teria de melhorar algumas coisas.
-O que?
-Quando os visitantes estão aguardando, precisaria ser mais agradável, sorrir o tempo todo, oferecer água, café. 
-Sim, posso fazer isso. 
-E também temos o problema da sua aparência.
-Mas eu estou usando roupas mais coloridas e informais como pediu.
-Eu sei, mas isto não é suficiente. Lembra-se de como a Solange se vestia? Sempre com belos vestidos, saias, blusinhas, etc. Sempre muito feminina.
-Acho que isso não seria problema Senhor Andrade. Posso começar a me vestir como ela, usar roupas mais femininas.
-Ótimo. E nem preciso citar a maquiagem, certo? Ela nunca aparecia sem estar bem maquiada.
-Sim, claro.
-Preste atenção Cris, vou fazer isto poque gosto de você. A partir de segunda-feira você será a nova recepcionista em experiência. Se dentro de três meses atender às nossas expectativas ficará com a vaga.  Vai ter de dar o máximo de si, pois eu estou me arriscando ao te dar esta oportunidade, entendeu?
-Claro! Nossa, muito obrigada senhor Andrade, não vou decepcioná-lo. Prometo me tornar a melhor recepcionista que esta empresa já teve.
-Tenho certeza disso...


Na manhã de sábado Cris acordou cedo e animado. Ele tinha de se preparar naquele final de semana, pois na segunda-feira começaria uma nova fase profissional, agora oficialmente como recepcionista.
Quando se vestia começou a colocar a faixa em seus seios, agora um pouco maiores do que no dia anterior e mais doloridos, e pensou:"Isso vai me incomodar o dia todo, ainda mais com o calor que está fazendo... Quer saber... Já que não vou trabalhar nem vou usar a faixa hoje. Dane-se!".

Vestiu uma camiseta regata que costumava usar por baixo da camisa social em dias frios, e esta agora era maior e mais comprida devido a seu corpo reduzido, e depois um shorts. Decidiu colocar novamente as sandálias de sua sobrinha, pois qualquer um de seus calçados teria de ser usado com várias meias para não soltarem dos pés.

Seus seios ficaram bem evidentes, assim como sua cintura fina e os quadris largos. Mas Cris gostou do resultado. Se sentia leve e confortável, então aquelas roupas serviriam bem até comprar novas.

Ao sair de casa, Cris foi direto para uma agência de carros. Até então ele possuía uma enorme pickup, e sentia precisava se livrar dela, pois gastava muito combustível e o seguro era muito caro. Com seu novo salário de recepcionista não poderia bancar um veículo como aquele. 
Além disso não se sentia bem dirigindo aquele "monstro". No fundo achava que um carro tão masculino não tinha nada a ver com a pessoa que estava se tornando.
Na agência os vendedores disputaram para ver quem iria atender aquela cliente. O rapaz que o atendeu foi muito gentil e com sua experiência em vendas, mostrou-lhe exatamente o uma mocinha procuraria ressaltando vantagens que as ela valorizam. 
-Olha, este não dá manutenção. Tem vários porta objetos e espelhos nos quebra-sóis. 
-Puxa, isso é legal!
Cris acabou comprando um carro compacto e o vendedor o encaminhou para uma garota que cuidaria dos papéis.
-Bom dia! Deixe me ver os documentos....-Disse a mulher.-A pickup está em nome de Cristian. Ele é o seu pai?
-Não. Cristian sou eu.
Neste momento a garota ficou quieta olhando para aquela figura feminina em sua frente, esperando ela dizer que estava brincando. Mas ao reparar bem na foto da carteira notou a semelhança. Logo concluiu que estava falando com uma transexual, e agiu com naturalidade.
-Muito bem Cristian.
-Por favor, me chame de Cris.
-Ah, desculpe Cris. Só mais alguns minutos e terminamos, ok?

Pouco tempo depois Cris saía da agência dirigindo seu novo carro. No primeiro semáforo que parou, aproveitou para olhar-se no espelho do quebra-sol e ajeitar seus cabelos bagunçados pelo vento. Logo ouviu a buzina do motorista de trás avisando de que a luz já estava verde.  Cris então sorriu e acenou pedindo desculpas, e o homem do outro carro que estava com cara de bravo logo mudou sua expressão para retribuir o sorriso da "menina bonita" do carro da frente.

Mais tarde Cris chegou a um shopping center, onde compraria suas novas roupas.
Em uma grande loja de departamentos ele se sentia meio perdido, até que uma vendedora veio ajudar. Ela era uma senhora de meia idade e bem falante.
-Boa tarde mocinha! O que procura?
-Bem, eu... na verdade preciso de roupas para uma nova função no trabalho. 
-Parabéns querida! Posso saber o que vai fazer para ter ideia do tipo de roupas?
-Sim, vou ser recepcionista.
-Sei exatamente do que precisa. Agora me diga o seu número.
-Número? Eu... não sei.
-Como não sabe?
-É que meu corpo mudou muito e bem rápido. Pra começar sou bem menor do que era a algum tempo.
-Ah, entendo o que quer dizer...-Disse a vendedora acreditando que a garota em sua frente era obesa, e que havia emagrecido muito a ponto de não saber qual seu número de roupa -Mas eu tenho um olho bom para isso, e com certeza vou achar roupas que sirvam certinho em você.

Então a vendedora começou a trazer as mais diversas peças. Saias, vestidos, blusinhas. Cris ficou maravilhado com a variação de tipos, cortes, cores e materiais. Logo havia uma pilha de roupas separadas que ele levaria. 
Depois passaram para a seção de sapatos. Cris sabia seu número por causa da sandália de sua sobrinha que servia direitinho. Escolheram então vários tipos e com cores combinando com suas novas roupas.
-Acho que é isso.
-Bem, ainda não vimos nada íntimo.
-Íntimo?
-É o que vai ter de usar por baixo das roupas novas amor. E imagino que se mudou tanto não dever ter nada servindo nesta área também né?
-Pra falar a verdade não tenho nada.
Bastou terminar a frase e estava sendo arrastado para a seção de lingerie. Novamente uma enxurrada de peças foram sendo apresentadas e ele ia separando as que achava mais bonitas.
-Ei! Por que não pegou aquelas ali?-Disse a vendedora apontando algumas peças descartadas.
-É que aquelas são para usar na cintura, e com aquelas tiras elásticas que nem sei para que servem. E as calcinhas só possuem um fio na parte de trás ,e devem ser bastante desconfortáveis de usar.
-Isso são corpetes, cinta-liga e calcinhas fio-dental-Disse a vendedora enquanto colocava na pilha de peças escolhidas.-Acredite em mim, vai me agradecer quando sair com alguém especial, e estiver usando estas peças. Os homens vão a loucura quando a gente usa algo assim. Ainda mais com este seu corpinho. 
Horas depois de ter entrado na loja, Cris saía de lá carregando tantos pacotes que mal podia andar. Ele havia levado um susto ao pagar a conta, mas sabia que era por uma boa causa, para causar uma boa impressão em sua nova função.
Colocou os pacotes no carro, que lotaram o pequeno porta-malas e a parte do meio. Antes de ir para casa ainda teve de voltar ao shopping para alguns e importantes itens: Produtos para maquiagem.
Naquela noite estava bem cansado e se preparava para dormir, quando teve a ideia de, ao invés de colocar uma camiseta velha e cuecas, colocar uma das peças novas.
Escolheu uma camisolinha de ceda, e ao vestir ficou encantado com o conforto daquele tecido delicado em sua pele sensível. Olhou-se bem no espelho e viu que estava uma garota linda. "UAU! Daqui pra frente só vou usar este tipo de roupa para dormir."

Cris estava ansioso, e sabia que precisava dormir pois tinha muito o que fazer para se preparar para o trabalho. Então lembrou-se dos calmantes que o médico da empresa lhe deu, e decidiu tomar pela primeira vez para ajudá-lo a dormir logo. O que ele não sabia é que não eram apenas calmantes, mas um concentrado da droga que era colocada em sua comida todos os dias.
Durante a noite teve sonhos eróticos. Primeiro ele era o mesmo homem de antes, e estava na cama com uma mulher linda. Mas logo depois ela se vai dizendo que ele não era homem o suficiente, e em seu lugar chega um homem grande, forte e bonito. Completamente nu e com seu enorme pênis ereto.
-Oi minha gostosa!-Diz o homem-Estava me esperando?
-Gostosa? Mas eu não sou mulher!- Conforme Cris falava sua voz ia afinando.
O homem então sobe a cama e abre suas pernas, revelando que Cris possuía uma vagina.
-Não é mulher? Então o que é isto? -Diz ele sorrindo.
-Ei! Eu não sei mas...
O rapaz fica sobre seu corpo segurando seus braços, penetra em sua vagina com seu membro enorme. Cris fica sem ação e logo é tomado por intenso prazer que foi aumentando até ele ter forte orgasmo, orgasmo este que o fez acordar.  Ele então se senta na cama ofegante e percebe que algo está diferente. Ao olhar no espelho do quarto nota seus cabelos compridos novamente, e desta vez naturalmente louros. Seus seios agora pareciam ter dobrado te tamanho, e poderiam ser comparados aos de uma atriz pornô. Sue bumbum também estava maior e mais redondo. 
Ele então se lembra de checar algo importante, e colocando as mãos entre as pernas encontra seu agora minúsculo pênis. "Bem, ao menos ele ainda está aí" Pensou Cris tentando ver o lado positivo.
Apesar do choque das mudanças repentinas, Cris logo acabou dormindo novamente.
 


Cris acordou no domingo e imaginou se havia sonhado aquilo, mas ao olhar para baixo e ver aquelas "bolas" enormes em seu peito soube que era realidade. 
Estava quase se acostumando a se sentir cada vez mais leve, e agora ao levantar da cama sentiu o contrário, corpo estava mais pesado. 
Foi até um espelho grande e viu seu corpo todo. Era a figura mais feminina que já havia visto, com exceção daquele pequeno, ou melhor minúsculo detalhe entre as suas coxas grossas. Sua cintura era muito fina e contrastava com seus quadris largos.
Tocou-se e sentiu que seus enormes peitos e bumbum eram bem macios, mas ao mesmo tempo firmes como os de uma garota bem jovem.
Notou que sua face também havia mudado. Agora as maçãs do rosto, os lábios, e olhos maiores, enquanto seu maxilar se tornara mais delicado.
Dizia a si mesmo que deveria estar assustado ou até mesmo em pânico, mas não conseguia. Era impossível para ele não gosta do que havia ganho, da beleza que possuía agora. Só o que conseguia fazer era sorrir e se admirar em diferentes poses no espelho.

Vestiu um roupão, tomou seu café, e em seguida foi assistir vídeos na Internet sobre maquiagem. 
Logo começou a experimentar nele mesmo, e na primeira tentativa  se olhou no espelho e disse "Nossa, ficou perfeito... se eu fosse me apresentar em um circo!" Em seguida riu de si mesmo.
Algumas tentativas depois e já estava pegando o jeito. Logo conseguia fazer a maquiagem básica sem problemas. Mais tarde era capaz de usar técnicas mais avançadas.
Depois de jantar escolheu as roupas que usaria no dia seguinte no trabalho. Esta tarefa levou muito mais tempo do que ele previa, e acabou provando quase todas as roupas que havia comprado. 
Com isto foi para cama já tarde da noite, e novamente tomou um dos "calmantes para ajudá-lo a dormir".
Durante a noite ele acordou várias vezes com cólicas e dores pelo corpo, especialmente no meio de suas pernas. Mas a droga que tomou também tinha efeito sonífero e o fazia cair no sono em seguida.

Ele acordou naquela manhã de segunda feira sentindo que algo estava diferente, mas não sabia dizer o quê. Seios, bumbum e rosto pareciam não terem mudado nada desde o dia anterior, mesmo assim algo estava diferente. Seus pensamentos então foram interrompidos por uma necessidade urgente de fazer xixi.
Ainda meio sonolento, em frente ao vaso tentou segurar seu pênis e... não encontrou nada. Lentamente aproximou sua mão até tocar algo que não deveria estar ali, ao menos no corpo de um homem. Seus dedos tocaram uma fenda quente e úmida. Ele instintivamente pressionou para ter certeza de que não havia nada lá, fazendo com que seu dedo do meio penetrasse pela abertura. Pôde então sentir o dedo dentro do seu corpo, através da sua nova vagina.
Olhando de cima não conseguia ver muita coisa, mesmo afastando seus peitos da frente. Então correu para o espelho e confirmou  que agora era uma mulher completa, seu pequeno pênis e testículos se foram e não havia mais nada de masculino em seu corpo.
Enquanto analisava o que via, foi lembrado pela sua bexiga de que precisava fazer algo urgente. Voltando ao banheiro ele fez da única forma possível agora. Sentou-se e deixou o resto acontecer. Logo ouviu aquele som diferente de uma mulher fazendo xixi. Ao terminar percebeu que precisava enxugar-se e fez isso com uma boa quantidade de papel higiênico. Esta seria sua rotina a partir daquele dia sempre que fosse fazer o "numero um".
Cris estava tentando entender o que faria, quando de repente um pensamento tomou conta: "Puxa Eu preciso me arrumar e ir para o trabalho!". E assim, ignorando o que havia lhe acontecido ele o fez.
Na verdade a programação mental feita através do telefone da recepção, entre outras coisas colocava o trabalho como recepcionista sua prioridade, e também o fazia aceitar o fato de virar uma mulher como algo natural e benéfico.
Logo ele estava sorrindo e cantarolando, enquanto se preparava para ir para o trabalho.


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