Raianne chegou ao apartamento do rapaz conforme combinado. Ao bater uma voz masculina mandou que entrasse.
-Oi Claudio.
-Oi Raianne. Nossa, como você está linda!
-Obrigada!
Ela gostou do elogio, afinal havia levado tempo se preparando. Mas logo voltou a realidade, sabendo que deveria se manter focada, pois sua vida dependeria disso.
Com certeza ele poderia facilmente dominar e fazer o que quisesse com Raianne. Este pensamento a fez colocar a bolsa aberta e presa no meio das pernas, com sua arma ao alcance da mão ao se sentar.
-Raianne, vou te pedir algo que talvez ache estranho...
Ela este momento achou que Claudio pediria algo absurdo, abusivo que revelasse suas intenções perversas.
-P-Pode falar.
-Bem, e que eu só quero conversar. Tudo bem pra você? Claro que vou pagar pelo eu tempo.
Isso foi uma surpresa, a última coisa que ela esperava ouvir. Mas de qualquer forma foi um alívio.
-Tudo bem Claudio. Sobre o que quer falar então?
-Me fale de você.
Raianne começou a contar a estória que havia decorado, sobre a moça do interior que veio tentar a vida na cidade. No fundo algo não batia, pois todas as vítimas haviam sofrido violência sexual. Por que aquele predador estaria perdendo tempo ouvindo sua conversa?
Depois de algum tempo tagarelando, Raianne resolveu fazer com que ele começasse a falar. Quem sabe assim ele se revelasse.
-Bem, já falei muito de mim mesmo. Agora quero saber de você, me conte quem é na verdade o Claudio.
-Certo. Eu me mudei a algumas semanas pra cá.
Mudou-se a algumas semanas?-Pensou ela.-Impossível, pois os crimes estavam ocorrendo a meses.
-Sério?... Me conte mais.
-Bom, tive de sair de onde morava depois que minha... esposa se foi.
-Quer dizer que ela...
-Sim, ela morreu em um acidente.
Claro que poderia ser mentira, mas olhando nos olhos dele Raianne sentiu sinceridade. Realmente era o olhar de alguém sofrendo e isto mexeu com ela na hora, pois se identificou com seu próprio sofrimento.
-Puxa! Coitadinho. Eu sei como é, pois também perdi alguém recentemente.
Aquilo a desarmou. Ela que antes via Claudio como um possível monstro assassino, agora morria de dó do rapaz.
-Uma noite estava caminhando e resolvi entrar na boate, foi quanto te vi. De alguma forma você me lembra ela. Então passei a frequentar só para te ver dançar.
-Agora entendo. Mas com certeza um cara jovem e bonitão como você logo arranja uma garota de sorte. Tenho certeza de que isso vai passar.
-Obrigado por ser tão gentil comigo.-Disse Claudio -Tinha medo de ao conhecê-la todo o encanto que eu sentia se quebrar.
-Mesmo? E então?
-Muito pelo contrário, você é mais legal do que eu imaginava.
-Nossa, obrigada.
Desde que virou mulher Raianne já havia ouvido todo o tipo de elogio, muitos deles obscenos. Mas esta era a primeira vez que alguém elogiava sua pessoa, e de uma forma muito honesta. Aquilo fez ela se sentir muito bem.
Momentos depois Claudio olhou para o relógio e disse:
-Nossa, já se passou uma hora. Passou rápido não?
-Passou sim.
-Bem, vou te pagar para que possa ir.
-Certo.
Naquele momento Raianne não sentia vontade de ir. Era como se estivesse com um velho amigo. Então Claudio pensou um pouco e disse:
-Me faria um último favor?
-Diga.
-Poderia dançar pra mim?
-Dançar? Aqui?
-É. Eu coloco música.
-Não sei...
-Só um pouquinho. Adoro te ver dançar.
-Tá bom!
Claudio colocou uma música para tocar, e Raianne meio sem jeito iniciou a dança. Era estranho para ela fazer isso em um espaço tão pequeno e para uma única pessoa, mas logo as horas de prática fizeram seu corpo agir quase automaticamente as batidas da música.
Raianne se sentia poderosa como no palco, mas agora para uma platéia bem mais íntima. Ela subia e descia sensualmente ao olhar atento do homem.
Claudio por sua vez sentia seu sangue ferver. Ele que já sentia atração por aquela linda mulher, agora depois de conhecê-la via este sentimento aumentar. Ela lhe parecia perfeita em todos os sentidos.
Certo momento ele não aguentou e começou a tocar no corpo de Raianne.
-Ei! Sabe que não pode tocar na dançarina. É contra as regras da casa.
-Mas estamos na minha casa, e aqui eu faço as regras.
Ela pensou em protestar, mas algo a fez continuar dançando enquanto o homem tocava e acariciava seu bumbum.
O que acontecia é que seu corpo de mulher era tocado pela primeira vez, e Raianne não estava preparada para a reação que isto provocaria.
O toque quente e carinhoso em seu corpo sensível estava lhe dando sensações profundas. Ela que até aquele momento ignorava sua carência emocional e física, agora sentia tudo vir à tona e começar a dominá-la. Tinha a intenção de parar com aquilo a qualquer momento, mas uma voz em sua mente dizia para continuar só mais um pouquinho...
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